Essa semana estava vendo na TV o noticiário. Rapaz de 18, ex-menor com passagem nas febems renomeadas da vida, sem carteira de motorista, rouba carro, atropela e mata casal em calçada em SP. Homem morre dentro de ambulância depois de perambular por hospitais sem vagas de uti no Rio. Aluna adolescente esfaqueia e mata colega na sala de aula no Ceará. O noticiário segue com casos de pedofilia, prostituição infantil, redes de turismo sexual, gravidez na adolescência, abandono de bebês, crimes agrários, trafico de drogas, contrabando de armas, etc. Depois entra uma reportagem onde aparece o ex-presidente Lula com o seu indefectível bordão “Nunca antes na história desse país...”, enquanto a “presidenta” lista as conquistas de seu governo. Nada de mais. Tem sido assim todos os dias. Variações sobre os mesmos temas: caos e cinismo.
Saúde, educação, segurança, para aonde a gente se vira é o caos. É inacreditável que um país do tamanho do Brasil e com tanta riqueza chegue a esse ponto. O discurso político é uma pérola de cinismo, a propaganda partidária irritante. Os que estão no poder mostram um país das maravilhas que só eles enxergam. Os opositores mostram as mazelas e dão prontamente a fórmula da solução. Não há opção de mudança. Tá tudo cinza. O idealismo fenece diante da dura realidade. A lista dos políticos disponíveis parece uma piada. Algumas das nossas maiores lideranças políticas são simplesmente bandidos e criminosos. O que restava de sério – o judiciário – está se mostrando podre. Nos Estados os desembargadores – que antes representavam supostamente uma reserva ética – hoje, com exceções cada vez mais raras, são flagrados em nepotismo cruzado, vendas de sentenças, fraudes de concursos, engavetamento de processos, defesa dos poderosos. Avacalhou geral. O Ministério Público e o CNJ lutam quase em vão para restabelecer uma ordem mínima. Até o STF derrapa, soterrando a ética debaixo de centenas de páginas de erudição jurídica.
Que fazer? Sinceramente, nem sei mais o que dizer. Alguém aí sabe?
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